quinta-feira, 1 de março de 2012

Os bastidores do Aviva

Eu canto pra Deus e amo isso. Eu sei que não há quem não goste de música, mas as canções que fazem com que as pessoas sintam o desejo de recomeçar, o desejo do perdão, da bondade, do amor, são as minhas favoritas. E eu faço isso com mais um monte de gente que quer que os Filhos tenham uma vida digna, sem mediocridades. Os que estão mais perto (pra que a história faça sentido) são: Bruno, Juninho, Elias, Gaitêro e Rodrigo.
E foi assim que passamos o carnaval: no Aviva,  um retiro maravilhoso, no qual cantamos, conduzimos e fizemos nosso primeiro show, que foi lindo, pois contou com a participação especial de muita gente boa: Thiago, Meire, Rogério, Júlio e Danilo (vocês são demais).
Embora tudo tenha sido muito bom, um momento em especial, me fez retomar o desejo de seguir. Mas, antes, é preciso conhecer outra história.
Existe um homem chamado Beto, muito conhecido no meio católico por tocar bateria, até que resolveu que o que ele queria mesmo era ser maquinista. Isso mesmo, maquinista.
O Juninho contou essa história pro Bruno, lá na casa de oração onde os meninos estavam hospedados e eles acharam, no mínimo, muito curiosa. Foi aí que eles resolveram me enganar.
Quando o retiro já estava no fim, nos sentamos na arquibancada mega cansados, para aguardar o início da Santa Missa. Então o Juninho disse que precisava conversar conosco; disse que não dava mais.
Pausa.
Eu imaginei que ele já tivesse sido chamado pra Canção Nova, ou que ele não fosse mais conseguir conciliar as duas coisas, mas ele disse que tinha algo que ele gostava mais de fazer do que tocar. O Bruno logo perguntou “Mas o que você gosta mais de fazer do que tocar?” e ele falou que assim que chegasse em Mogi Mirim, ia correr atrás do sonho dele que era SER MAQUINISTA    .
Pausa.
De repente, risos.
O sentimento de tristeza foi tão forte que, mesmo depois da piada, eu não conseguia parar de chorar (eu sou assim mesmo, maior manteiga derretida) e, logo em seguida, veio um sentimento forte de amizade e eu comecei a pensar em tudo que eu queria falar pro Ministério de Música e ficava idealizando, aguardando o momento certo, e nunca conseguia expressar.
Eu sou insegura no palco, às vezes, tenho medo. Mas quando eu olho pra trás e vejo aquelas pessoas dando o melhor de si, lutando pra dar tudo certo, eu enfrento qualquer coisa.
E foi isso que eu disse.
De repente, choro.
E todos nós entendemos por que fomos chamados para o Aviva.